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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Desprezo diário. Uma realidade nossa!

Nesse tempo de festividades natalinas, fim de ano, verão, resolvi retomar um pouco da escrita.

Já não recordava o tempo em que eu dormia tão pouco, com tantas inspirações noturnas, e que essa me hoje aparece.

Apesar de poucos anos de vida (assim me considero), já consegui vivenciar várias situações da realidade mundial, quero me referir a pobreza.

Todos os dias agradeço a Deus por ter sido oriundo de uma família que, apesar de não fazer parte da lista dos 500 milionários do RN, vive confortavelmente.

Apesar dos agradecimentos, todos os dias reclamamos, pedimos mais..tudo sem necessidade.
Fomos criados à base do capitalismo, que de pronto criou mecanismos para tornar-nos os mais consumistas possíveis.

Olhem só as datas comemorativas: dia das mães, dos pais, natal. Todas essas datas são celebradas pelos presentes (que custam caro) comprados e não pelo sentimentalismo que deveria ser promovido. Aliás, infelizmente, nos dias de hoje, quase ninguém é movido pelo sentimentalismo. Já olhamos uns para os outros observando a marca das roupas, sentido de qual marca importada é o perfume usado, se o sapato é de camurça.

Olhamos e comentamos onde vamos jantar, se gastamos milhares de reais em apenas uma refeição ou se já passamos nos shoppings para aquelas compras de quem não tem o que fazer.

É, penso, parace hipocrisia, eu sou um dos adeptos de todas essas tentações acima. Sim, eu também cometo essas mesmas babaquices que todos nós fazemos.

Babaquice? Sim. Vamos analisar um pouco da história das espécies... O "projeto" (se é que grosseiramente posso assim chamar) de todas os integrantes de uma espécie é mantê-la viva, assim tendo atitudes que ajudam a disseminação dela. Ora, vejamos se não procriamos para manter nossa espécie no mundo. É quase isso.

Analise o tremendo crime que cometemos quando compramos uma camisa que custa R$500,00 enquanto milhares de nossos semelhantes morrem de fome não muito distante de nós. Passemos em Areia Preta e olhemos os enormes apartamentos dos milionários que nos acompanham nessas compras e olhemos um pouco mais ao fundo para enxergarmos alguns casebres de Mãe Luiza. Uma tremenda contradição: enquanto à frente um prédio de alto luxo, ao fundo o inverso daquilo, um casebre que comporta muitas vezes mais de uma família.

Analise o crime continuado quando saimos da loja das roupas e passamos para almoçar num restaurante onde gastamos mais R$500,00, enquanto aquela família do casebre recebe isto em todo um mês para alimentar vários filhos e netos.

Analise que no RN todo mês mais de 3 mil carros 0KM são vendidos. Necessidade? Não. Exibicionismo!
Enfim, se formos analisar o nosso dia inteiro, perceberemos que quase tudo que fazemos está em desacordo com a teoria da prosperidade genética.

Ao invés de gastarmos milhares de reais com coisas fúteis deveríamos ajudar aos que necessitam a ter uma vida melhor. Esta foi quase uma citação bíblica. Não que eu tenho esquecido disto, mas além da prosperidade genética, lembremos do que o nosso meste maior (Jesus) nos ensinou. Foi essa vida de egoísmo e de consumismo que ele incentivou?

Olhemos um pouco para o lado e vejamos o quanto nossas matas são desgastadas para que cada vez mais tenhamos prédios mirabolantes e modernos...triste. Nós, meros seres humanos, pensamos que precisamos de luxo e mais luxo para viver.

Devíamos aprender que uma camisa que custa 50, faz o mesmo efeito da de 500: vestir. Não é tarefa fácil, assumo, mas nada é impossivel.

Hoje estou lembrando de quantas pessoas estão nessa hora nas praias gastando tanto dinheiro que se juntado daria quase para acabar com a fome no nosso país. Estou lembrando que eu mesmo talvez estivesse agora rodeado de colegas comprando uma garrafa de whisky que custa o salário de muitos trabalhadores do campo...

Tantas reflexões a serem feitas. Muita coisa a se repensar. Muitas atitudes a mudar...


Será que não é hora de pararmos um pouco e tentar mudar a realidade da vida de algumas pessoas? Mesmo que eu não possa contribuir com dinheiro, muitas vezes uma palavra amiga e sincera já ajuda bastante.

Vamos tentar fazer em 2012 o que não fizemos de bom em 2011. Vamos ser mais humanos, mais sensíveis, mais amáveis!

Vamos ajudar a todos serem gente de verdade!

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